Se você trabalha com manutenção de motores, sabe que o motor de comando é um dos componentes mais importantes no desempenho de veículos e equipamentos pesados. Ele controla a abertura e o fechamento das válvulas, garantindo o sincronismo ideal entre admissão, combustão e escape. Para oficinas, autopeças e reparadores, entender a função desse item e como identificar falhas pode fazer toda a diferença na entrega de um serviço confiável.
O motor de comando aciona diretamente o eixo comando de válvulas, determinando quando e por quanto tempo as válvulas abrem ou fecham. Ele trabalha sincronizado com o virabrequim, garantindo que o motor funcione com o máximo de eficiência. Em motores diesel, usados em caminhões, vans, tratores e máquinas industriais, esse controle é ainda mais crucial para evitar falhas graves e manter o torque ideal.
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Para o dia a dia da oficina, é importante saber que o desgaste natural, a má lubrificação ou o uso prolongado podem comprometer o motor de comando. Entre os sintomas mais comuns estão:
Caso identifique algum desses sinais, o ideal é revisar o eixo de comando, as válvulas e a corrente ou correia que faz o sincronismo. Além disso, realizar o diagnóstico preventivo evita retrabalho e melhora a confiança do cliente na sua loja ou oficina.
Conhecer os tipos de motores de comando mais comuns ajuda na escolha da peça correta para cada serviço. Veja os principais:
Usado em motores mais básicos, o SOHC tem apenas um eixo por cabeçote. É mais fácil de instalar e exige menos manutenção. Ideal para veículos com baixa exigência de performance.
Mais presente em carros de maior desempenho, o DOHC possui dois eixos por cabeçote. Ele garante melhor controle sobre as válvulas e maior rendimento em alta rotação.
Esse tipo é mais moderno e ajusta automaticamente o tempo de abertura das válvulas. Melhora o consumo e reduz a emissão de poluentes, mas exige peças e ferramentas específicas para diagnóstico.
Nem sempre trocar o motor de comando é simples. Por isso, ao instalar ou revisar esse componente, siga boas práticas para evitar erros:
Além disso, sempre que possível, utilize ferramentas de medição adequadas, como relógio comparador, torquímetro e régua de sincronismo. Isso evita retrabalho e garante o acerto já na primeira tentativa.
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Se você atua com vendas de peças automotivas, o motor de comando pode ser uma oportunidade de valor agregado. Muitos reparadores compram apenas o básico, como correia ou tuchos, e esquecem que o eixo comando desgastado compromete toda a eficiência do motor.
Por isso, orientar o cliente e oferecer o conjunto completo (eixo + balancins + tuchos) aumenta o ticket médio da venda e reduz a chance de devolução por falhas posteriores.
Hoje, a demanda por motores de comando com maior durabilidade e rendimento está crescendo, principalmente em veículos utilitários e frotas comerciais. Peças com acabamento térmico, tratamento antidesgaste e maior precisão de usinagem têm ganhado espaço no mercado.
Além disso, fabricantes têm investido em catálogos técnicos mais completos, o que facilita a vida da sua equipe na hora de consultar aplicações e fazer a reposição correta. A tendência é que peças cada vez mais técnicas estejam disponíveis também para reparadores independentes.
O motor de comando é uma peça crítica e, quando negligenciada, compromete todo o desempenho do motor. Para a oficina, isso pode significar retorno de serviço, perda de credibilidade e gastos desnecessários. Já para a loja, é uma chance de vender com mais valor técnico.
Seja você um reparador experiente ou lojista especializado, oferecer peças de qualidade e diagnósticos precisos vai diferenciar seu negócio no mercado. Lembre-se: o cliente pode até não ver o eixo comando, mas sente quando o motor funciona como deveria.